Quando ouvimos falar em Cabo Verde, vem-nos logo à cabeça imagens de águas cristalinas e praias com um longo areal onde sonhamos ficar horas deitados a apanhar sol.
Certamente que vais ligar o modo “no stress” e relaxar muito, mas aconselhamos vivamente que, pelo menos por algumas horas, deixes todas as mordomias que o hotel oferece e explores alguns locais que te permitirão contactar com a povo e a cultura cabo-verdiana. Para te facilitar a vida, partilhamos alguns sítios que vão tornar a tua viagem nesta ilha mais interessante:Praia de Santa Maria
É um dos locais mais procurados e onde se concentram muitas unidades hoteleiras. Ao longo de oito quilómetros de areal existe um mar azul-turquesa que nos deixa completamente rendidos! Ah, também importa dizer que a Ilha do Sal é uma ilha bastante ventosa e nesta praia estamos mais abrigados, já que a cidade funciona como uma “barreira” para o vento!
Sugestāo: Para quem tem bichos carpinteiros e não gosta de estar parado, sugerimos fazer uma caminhada até à praia de Ponte Preta, uma zona tranquila onde encontramos alguns surfistas. Se sairmos do pontão de Santa Maria, são cerca de 40 minutos a caminhar. Dizem que lá encontramos o pôr-do-sol mais bonito de Cabo Verde, mas isso não podemos confirmar porque fomos bem cedo.
Pontão de Santa Maria
Visitar o pontão de Santa Maria é imperdível! É de lá que partem os barcos de pesca e também muitos barcos que fazem passeios turísticos (para ver tartarugas, fazer mergulho, etc). É maravilhoso passear pelo pontão de manhã, conversar com os locais e assistir à chegada e venda de peixe.
Praia das conchas
Esta praia, conhecida também como “Cemitério das Conchas”, tem o areal completamente coberto de búzios partidos. Apesar de ser muito bonita, não é um local atrativo para fazer praia e, além disso, a sua base existencial também não é nada agrável já que, segundo lemos, as razões para tamanha concentração de búzios prendem-se com a captura excessiva de búzios para consumo local.
Apreciar a arte urbana
Não estávamos à espera, mas enquanto explorámos a pé algumas ruas da ilha, encontrámos várias pinturas coloridas em fachadas de edifícios. Estas manifestações de arte surgiram durante a pandemia da covid-19 por culpa da artista italiana Ariana Casaburo, instrutora de kitesurf na ilha do Sal. Ela decidiu criar o Arte d’Zona, um projeto que visa dar cor e alegria às ruas e que conta com a colaboração de artistas, moradores e voluntários.
Praia do Porto Antigo
Esta praia está localizada praticamente dentro de um empreendedorismo turístico e para aceder ao areal temos de contornar alguns edifícios habitacionais, o que nos deixa com a sensação de estarmos perdidos. Mas a verdade é que a praia é de domínio público e qualquer pessoa pode frequentá-la livremente. Porém, o areal é bem pequeno e não nos agradou para fazer praia, pelo que a nossa passagem por lá foi muito breve.
Espargos
Esta é a capital da Ilha do Sal e onde se concentram a maioria dos serviços, inclusive o aeroporto internacional Amílcar Cabral. Não há muito para ver nesta pequena cidade, mas é interessante fazer um passeio pelas ruas e visitar o mercado municipal que vende carne, peixe, frutas e legumes.
Murdeira
Esta vila está situada na costa oeste, a cerca de 8 km de Espargos. Lá podemos desfrutar de excelentes vistas da Montanha do Leão, uma enorme montanha que nos faz lembrar a cabeça de um leão.
A Baía da Murdeira é um porto natural com poucas ondas e águas ligeiramente mais quentes do que noutras partes da ilha, condições estas que fazem com que seja um local perfeito para a reprodução de animais marinhos, como as tartarugas cabeçudas (entre maio e outubro).
Em cima: Praia de Santa Maria, chegada de peixe no pontão, Arte Urbana, Murdeira (vista para a montanha do leão).
Em baixo: Salinas da pedra do lume, Praia do cemitério das conchas, Salinas de Santa Maria
Conhecer as Salinas
A ilha do Sal tem esse nome devido às duas salinas que lá existem, as de Santa Maria e as salinas de Pedra Lume.
As salinas de Santa Maria, embora estejam em bom estado de conservação, atualmente não são exploradas e funcionam apenas para consumo próprio. Passamos lá quase de passagem e seguimos viagem.
As salinas de Pedra Lume situam-se na cratera de um vulcão extinto e estão desativadas desde 1980. Estas salinas são mais populares já que, devido à elevada concentração de sal na água (26 vezes superior à água do mar), podemos boiar sem ir ao fundo.
Kite Beach
É uma das praias mais procuradas para a prática de kitesurf. Este local também é importante porque é um dos principais sítios de desova das tartarugas.
Palmeira
Esta é uma pequena vila piscatória na costa oeste da ilha do Sal e é também o principal porto da ilha do sal, sendo por lá que entram a maioria dos produtos consumidos na ilha. Há pouco para explorar, mas achamos um encanto!
Terra Boa
Este é o bairro mais pobre da ilha do Sal, e os habitantes chamam-lhe “favela”. Não é difícil perceber o porquê, já que lá encontramos pouca ou nenhuma vegetação, casas feitas de latão, muitas crianças a pedir-nos comida e outros bens…
Devido à paisagem árida, em terra boa podemos ver uma miragem, um fenómeno ótico em que os raios de luz quente no solo criam a ilusão de que existe água.
Buracona e Blue Eye
A Buracona é uma piscina natural, no meio das rochas. Lá está o Olho Azul, uma gruta com água, onde o reflexo do sol na água parece um olho de um azul intenso. A entrada custa 3 euros por pessoa e no recinto, além das atrações naturais, tem uma estrutura de bar e restaurante, um museu geológico e o “Jardim das Ilhas” – uma maquete do arquipélago de Cabo Verde na área externa, feito de areia.
Baía das Pardas
Aqui vemos tubarões-limão dentro de água. Na visita é obrigatório o uso de calçado apropriado, sendo que é possível alugar crocs/sapatos no local por 3 euros (valor que achamos excessivamente exagerado já que a visita demora pouco mais do que 30 minutos!). Sabíamos isto de antemão e como somos poupadinhos levámos o nosso próprio calçado. Compra aqui.
Assistir à desova das tartarugas
Para poderes ter esta experiência tens de visitar a ilha do sal sensivelmente entre os meses de junho a outubro. Infelizmente não foi o nosso caso. Mas dizem que vale muito a pena, por isso o melhor é pesquisares mais informações através do Projeto Biodiversidade (Project Biodiversity - Sea Turtle Conservation Cabo Verde), uma organização sem fins lucrativos cabo-verdiana comprometida em proteger a vida selvagem.
Ir comer a restaurantes locais
Pode parecer-vos estranho dar esta dica, mas comemos tão bem em restaurantes cabo-verdianos que não podemos deixar de vos dizer para fazerem o mesmo!
Existem sítios menos turísticos onde a comida é muito boa (obrigatório experimentar o bife de atum!) e o valor é muito acessível, principalmente se escolherem o prato do dia (ao almoço o valor é mais baixo do que ao jantar).
Há 2 restaurantes que nos foram aconselhados por cabo-verdianos e frequentámos mais do que uma vez e pagámos menos de 20 euros por uma refeição para os dois. São eles (passamos a publicidade): Restaurante Bia e Restaurante Kaya. Já o Meky's Burger Bar é muito conhecido pelos hambúrgueres e também tem preços acessíveis.
Outras informações úteis
Grande parte destes pontos turísticos podem ser visitados num dia através de uma excursão. Podem fazê-lo de forma independente, alugando um jipe (45 euros p/ dia), ou através de uma excursão com um guia. Optámos por esta última opção e pagámos 25 euros por pessoa. Neste artigo podes saber em detalhe como funcionam os passeios com guia.
Em cima: Terra boa e miragem, mercado municipal de Espargos,Kite Beach.
Em baixo: blue eye e buracona, Tubarões a nossos pés na baía das pardas
Quando decidimos viajar estamos à espera de viver bons momentos e guardar memórias inesquecíveis e esquecemo-nos que, tal como no nosso dia a dia, há coisas que podem correr menos bem. Na maioria das vezes, inconscientemente, achamos que as coisas más só acontecem aos outros. Por muito aventureiros que sejamos, esse não é o pensamento correto.
Acidentes e doenças podem acontecer a qualquer viajante, independentemente da experiência. Se o problema for grave, o custo do tratamento no exterior pode ser bem caro! A maioria dos países não atende gratuitamente estrangeiros na sua rede de saúde. Será necessário pagar consultas médicas, medicamentos e, em casos mais graves, transporte de ambulância e internamento. Não vale a pena o risco! Para além de tornar a nossa viagem num pesadelo os valores a pagar não vão ser nada simpáticos. Existem inúmeras razões para fazer um seguro antes de viajar. Perdi o passaporte, o que faço?! Fui roubado, o que faço?! O meu voo foi cancelado, o que faço?! A minha mala perdeu-se, o que faço?! Entre outras milhares de situações que podem acontecer. Resumindo, se vale a pena fazer um seguro de viagem?! Sim, vai-te fazer poupar dinheiro e não terás “dores de cabeça” desnecessárias caso algum imprevisto surja durante a viagem
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Ajuda-nos a nós “I A TI”. Esperamos que tenham entendido a piada! (ahahah)