A nossa porta de entrada na Indonésia foi Jakarta, uma das cidades mais populosas do mundo. Dois dias completos foi o tempo que dedicámos a esta gigantesca e movimentada capital e achámos que foi o suficiente para conhecer os principais lugares. Neste artigo partilhamos o nosso itinerário e muitas informações úteis para que possas planear a tua viagem.
Dia 1
A vontade de explorar Jakarta era muita e, ao invés de apanhar um táxi para o nosso primeiro destino do dia, decidimos fazer uma caminhada até lá para ter a oportunidade de passar por várias ruas, cruzarmo-nos com pessoas e vivenciar o máximo possível o dia a dia dos indonésios. Assim que saímos do hotel, pouco passava das 9h da manhã, percebemos que a cidade já estava desperta. O barulho dos carros e das motas era constante, as pessoas a venderem comida e outros produtos nas ruas era uma realidade e o tentar atravessar uma estrada (mesmo com passadeira!) um verdadeiro desafio. Sentia-se que a qualidade do ar não era a melhor e as ruas sujas e rios cheios de plástico falavam por si mesmo. Mas a cada passo que dávamos ouvíamos um “hello” e os sorrisos nos rostos faziam-nos sentir em casa.
Ao fim de aproximadamente meia hora chegámos ao nosso primeiro destino do dia, a Praça Merdeka, também conhecida como Praça da Liberdade. Esta praça, localizada no coração de Jakarta, é uma das mais emblemáticas da Indonésia pois desempenhou um papel significativo na história do país. O espaço é aberto e propício a um passeio, tendo algumas zonas verdes envolventes. No centro da praça, está o Monas, um monumento nacional com 132 metros de altura que homenageia a independência da Indonésia. É possível subir até ao topo e ter uma vista panorâmica da cidade, mas, infelizmente, no dia em que fomos estava fechado e só pudemos apreciar por fora.
Dali seguimos para a Mesquita Istiqlal Mosque, a terceira mesquita do mundo em termos de capacidade e a maior do sudeste asiático. A entrada é gratuita (apenas ter atenção que as mulheres devem entrar com ombros e pernas cobertos e todos têm de estar descalços) e ainda tivemos direito a guia.
Como símbolo de respeito e de harmonia entre diferentes religiões, esta mesquita foi contruída com a Catedral Católica ao fundo. E foi para lá que fomos de seguida. Este marco religioso construído em 1901 é dedicado à Assunção de Maria.
Catedral Católica, Monas e Mesquita Istiqlal Mosque com a Catedral Católica ao fundo
No final da visita à catedral ainda passámos no Lapangan Banteng Park, que era mesmo ali ao lado, mas a manhã já ia bem longa e precisávamos de repor energias. Os “restaurantes”, se é que assim lhes podemos chamar, que encontrámos nas ruas, eram poucos e não muito chamativos, pelo que decidimos apanhar um táxi até ao Grand Indonesia Shopping Town e almoçar por lá.
Este centro comercial está localizado naquela que é chamada por muitos como a “parte nova” de Jakarta. Esta zona é cheia de arranha-céus, shoppings e empresas e aproveitámos para dar um passeio por lá. Quando já estávamos completamente exaustos, regressámos ao nosso hotel.
Resumo do Dia 1:
Praça Merdeka Monumento Nacional Monas Mesquita Istiqlal Mosque Catedral Católica de Jacarta Lapangan park Pausa para almoço no Grand Indonesia Shopping Town explorar a parte nova da cidade Regresso ao Hotel
Dia 2
Tal como fizemos no primeiro dia, a nossa manhã começou com um passeio a pé até à primeira paragem do dia: Kota, o centro histórico de Jakarta. A Praça Taman Fatahilla é a principal de Kota, nomeada em homenagem ao sultão que conquistou Jacarta dos portugueses em 1527.
Aquela zona tem vários prédios coloniais e vários museus, pelo que podem facilmente “perder” uma manhã ali e visitar aqueles com que mais de identificam. Nós fomos ao Museu de História, que nos deu a conhecer mais sobre a história da cidade.
Kota e Museu de História
Com a fome a apertar, decidimos ir almoçar num dos cafés mais antigos de Jakarta, o Café Batavia. Este famoso restaurante está localizado num edifício histórico e oferece muitos produtos “premium”, pelo que é bastante frequentado por turistas. Achámos o ambiente muito bom, mas a comida não nos surpreendeu (não era má, mas…).
Almoço no Café Batavia
Com as energias reportas, fomos conhecer o Bairro Glodok, uma área também conhecida como Chinatown, situada não muito longe da cidade velha. Aqui vende-se um pouco de tudo, desde objetos chineses tradicionais, alimentos, produtos eletrónicos, roupa... As ruas são estreitas e há movimento por todo o lado, mas achámos a experiência interessante.
Bairro Glodok
Dali seguimos até Sunda Kelapa, um antigo porto de Jakarta, situado em estuários do rio ciliwung. Atualmente encontramos lá alguns barcos que transportam mercadorias entre as ilhas, mas não é nada que nos tenha deslumbrado, portanto, demos uma voltinha rápida e decidimos regressar ao hotel para descansar um pouco.
Terminámos o dia a desfrutar de uma bela vista panorâmica da cidade no Skye bar, um espaço requintado com um bom ambiente, localizado na “parte nova” de Jakarta.
“Parte nova” de Jakarta e Skye Bar
Resumo do Dia 2:
Kota Praça Taman Fatahilla Museu de História Almoço no Café Batavia Bairro Glodok (Chinatown) Sunda Kelapa regresso ao hotel Skye bar
Regime de entrada
As “regras” podem mudar facilmente e, por isso, recomendamos o contacto com a Embaixada da Indonésia em Lisboa (https://kemlu.go.id/lisbon/en) e/ou a consulta do sítio dos Serviços de Imigração indonésios (https://www.imigrasi.go.id/en/).
Onde comer
Encontrar restaurantes para comer em Jakarta não foi uma tarefa fácil para nós. Efetivamente há várias “barraquinhas” que vendem comida de rua, mas não ficámos convencidos com a higiene e não quisemos arriscar. Além do Café Batávia (localizado no centro da cidade), nos dois dias que estivemos em Jakarta optámos por comer no hotel (comida boa e preços muito acessíveis: a refeição ficava a cerca de 10 euros para os dois!) ou ir a centros comerciais.
Mesmo que a experiência a nível de restaurantes tenha sido escassa, procuramos sempre experimentar a comida local e ficámos realmente fãs de alguns pratos.
O Nasi Goreng (arroz frito com legumes), o Mie Goreng (noodles fritos) e o Soto Ayam (uma sopa de frango com uma massa bem fina) são pratos bem populares e que aconselhamos muito que provem. Nós adorámos os sabores e comemos várias vezes durante a nossa passagem pela Indonésia.
Se tiverem boas sugestões de locais agradáveis digam-nos (queroiretu@gmail.com). Agradecemos e iremos passar a mensagem a quem nos segue
Nasi Goreng, Soto Ayam e Mie Goreng
Segurança
Com exceção do centro histórico, vimos muito poucos turistas pela cidade. No entanto, sentimo-nos sempre muito seguros. Claro que não nos podemos esquecer que as tradições locais são diferentes das nossas, pelo que devemos sempre respeitar a cultura! Em Jakarta grande parte da população é muçulmana e, por isso, recomenda-se o uso de vestuário discreto, em particular nas mulheres.
Outras informações úteis
Em Jakarta são +6h aqui do que em Portugal
A moeda local é a rupia indonésia (IDR). 16500 rupias ~ 1€
Existem ATM’s em vários pontos da cidade onde podemos levantar dinheiro. Também não tivemos problemas em pagar com o cartão por onde andámos, mas para prevenir tínhamos sempre alguns trocos na carteira
O trânsito é caótico e para nós é impensável conduzir lá! Andar a pé é sempre uma boa opção, mas nem sempre dá, por isso, utilizámos o grab e o gojek, que funcionam como uber. É necessário instalar as aplicações no telemóvel e ter internet para as utilizar. Comparávamos sempre os dois e escolhíamos a opção mais económica
Para ter sempre internet no telemóvel, no aeroporto comprámos um cartão com 14gb por cerca de 15 euros
Achámos o povo muito simpático e sempre com um sorriso no rosto
O que gostámos menos? As ruas sujas e por vezes malcheirosas!
Quando decidimos viajar estamos à espera de viver bons momentos e guardar memórias inesquecíveis e esquecemo-nos que, tal como no nosso dia a dia, há coisas que podem correr menos bem. Na maioria das vezes, inconscientemente, achamos que as coisas más só acontecem aos outros. Por muito aventureiros que sejamos, esse não é o pensamento correto.
Acidentes e doenças podem acontecer a qualquer viajante, independentemente da experiência. Se o problema for grave, o custo do tratamento no exterior pode ser bem caro! A maioria dos países não atende gratuitamente estrangeiros na sua rede de saúde. Será necessário pagar consultas médicas, medicamentos e, em casos mais graves, transporte de ambulância e internamento. Não vale a pena o risco! Para além de tornar a nossa viagem num pesadelo os valores a pagar não vão ser nada simpáticos. Existem inúmeras razões para fazer um seguro antes de viajar. Perdi o passaporte, o que faço?! Fui roubado, o que faço?! O meu voo foi cancelado, o que faço?! A minha mala perdeu-se, o que faço?! Entre outras milhares de situações que podem acontecer. Resumindo, se vale a pena fazer um seguro de viagem?! Sim, vai-te fazer poupar dinheiro e não terás “dores de cabeça” desnecessárias caso algum imprevisto surja durante a viagem
AO FAZERES UM SEGURO ATRAVÉS DO NOSSO LINK DO PARCEIRO USUFRUIS SEMPRE 5% DE DESCONTO.
Ajuda-nos a nós “I A TI”. Esperamos que tenham entendido a piada! (ahahah)