Dubai foi um daqueles destinos que superou as nossas expectativas. Na verdade, sempre foi um local que “saltávamos” à frente na hora de escolher as férias pois acreditávamos ser muito caro para a nossa carteira e não corresponder aos nossos interesses.
Então porque fomos lá parar?! Na verdade tínhamos um voo para as Maldivas pela Emirates que fazia escala no Dubai. Começámos a fazer uma pesquisa mais aprofundada sobre a cidade e a analisar a possibilidade de prolongar a escala e conhecer o que o Dubai tinha para oferecer. E foi assim que acabámos por passar cinco dias em cheio e vimos a nossa opinião mudar (pela positiva) sobre este destino.
Mas vamos lá ao que realmente interessa: o nosso roteiro de uma semana no Dubai.
Dia 1:
A nossa primeira paragem foi o Dubai Frame, a maior moldura do mundo, que consiste em duas torres verticais de 150 metros de altura ligadas por uma coluna de 95 metros de largura. A entrada para o Dubai Frame custa aproximadamente 12 euros por pessoa. Para lá chegar, como fizemos praticamente em todos os outros pontos turísticos, apanhámos um táxi.
Os visitantes têm a oportunidade de ver o antes, o agora e o depois do Dubai. No início da visita passam por uma exposição que mostra a rápida transformação da cidade, de uma vila de pescadores a uma metrópole moderna. Já no topo da “moldura” podem usufruir de uma vista panorâmica sobre o Dubai e andar sobre o um chão de vidro para ter uma vista da cidade. O que se pode esperar da cidade daqui a cinco décadas surge num vídeo com projeções 3D. Passámos a manhã no Dubai Frame.
Dali seguimos para um shopping para fazer uma pausa para almoço. Nos centros comerciais, os valores das refeições são muito semelhantes aos de Portugal (cerca de 10 euros por pessoa).
Com as energias repostas seguimos para a Burj Al Arab Public Beach. Esta praia pública é um dos melhores pontos para apreciar a vista para o edifício do Burj Al Arab, o famoso hotel de 7* do Dubai. Estavam uns escaldantes 45ºC e a água do mar estava a 34ºC. Não estamos mesmo a exagerar, a água é realmente quente e dá a sensação que estamos num jacuzzi! Não nos conseguíamos refrescar de maneira nenhuma e decidimos rumar até à piscina do Gevora Hotel 4*, onde estávamos hospedados, que por sinal tinha uma boa vista para o Burj Khalifa.
Resumo do Dia 1:
Dubai Frame Pausa para almoço num shopping Burj Al Arab Public Beach Piscina do Hotel
Dubai Frame | Public Beach e Burj Al Arab | Piscina do hotel
Dia 2:
“Tamanho o dia, tamanha a romaria”. Esta frase descreve bem este dia, repleto da manhã à noite! Começámos por conhecer um dos cartões postais do Dubai: o Burj Khalifa. Este é o prédio mais alto do mundo, com 829 metros. Entrámos pelas 10h00 e facilmente passámos ali toda a manhã.
Burj Khalifa
Logo ao lado do Burj Khalifa está o Dubai Mall, o segundo maior centro comercial do mundo em área total. Com mais de 1 milhão de metros quadrados (uma área equivalente a 200 campos de futebol) tem mais de 1200 lojas e é um destino imperdível para os amantes de compras. No interior do Dubai Mall está a icónica fonte com várias esculturas de mergulhadores.
Feito um breve passeio por algumas lojas, fomos conhecer o Aquário e Zoológico Subaquático do Dubai, localizado no interior do shopping. Este é um dos maiores e mais impressionantes aquários do mundo. Tem um gigantesco tanque de 10 milhões de litros e alberga mais de 33 000 animais aquáticos e a maior coleção de tubarões-touro do mundo.
Nota: O bilhete para o Burj Kalifa e Aquário e Zoológico Subaquático do Dubai foi comprado em conjunto e custou aproximadamente 55 euros por pessoa. Comprámos no site oficial, que pode consultar aqui (https://www.burjkhalifa.ae/en/).
Aquário e Zoológico Subaquático do Dubai
Ao final da tarde fomos até aos souks, mercados árabes tradicionais onde encontras quase tudo aquilo que te possa passar pela cabeça. Fomos de táxi e pedimos que nos deixassem na “Old Souk”. Aqui não reinam os edifícios altos nem o luxo que tínhamos visto até então, mas é um dos melhores locais para mergulhar na cultura árabe! Nas souks podes encontrar tecidos, sapatos, perfumes, especiarias, jóias de todos os tipos...
Nota: Nas souks os vendedores estão constantemente a chamar-nos para vender os seus produtos. Por vezes são muito insistentes e torna-se aborrecido. No entanto, não te assustes com a situação, pois é algo normal e faz parte da cultura. Prepara-te para sorrir e dizer muito “No, thank you”. Sempre que comprares alguma coisa a regra de ouro é “negociar”. Regateia ao máximo tudo aquilo que comprares até chegares a um preço que consideres justo. Por exemplo, nós comprámos alguns souvenirs e o preço apresentado no início era muito exagerado. Depois fazer um “choradinho” para baixar o preço acabámos por trazer tudo aquilo que queríamos praticamente por metade do valor que o vendedor havia cobrado inicialmente.
Resumo do Dia 2:
Burj Khalifa Dubai Mall Aquário e Zoológico Subaquático do Dubai Souks
Souks
Dia 3:
Dunas, pôr do sol, adrenalina sobre rodas e espetáculos a fechar a noite... a nossa passagem pelo Dubai não ficava completa sem uma visita ao deserto. E foi exatamente esse o principal foco no terceiro dia. Mas antes de chegar ao deserto comecemos pelo início.
Tínhamos tirado a manhã deste dia para a realização do teste PCR. Saber onde fazer, o preço e o tempo de espera até receber o resultado eram preocupações que nos deixavam inquietos, mas acabou por ser tudo bem simples. A cidade é organizada, não faltam locais para fazer o teste e os preços são acessíveis (variam sensivelmente entre os 30 e 45 euros por pessoa). Por uma questão de comodidade optámos por fazer o teste PCR no hotel onde estávamos hospedados, apesar de esta não ser a opção mais económica. Na hora marcada, uma enfermeira foi ao nosso quarto e fez a colheita. O resultado foi enviado para o nosso e-mail nesse mesmo dia à noite.
Teste feito, fomos dar um pulinho a uma exposição de carros no Gevora Hotel. Havia carros para todos os gostos... desde clássicos, a supercarros e até o carro do Batman!
Almoçámos num restaurante libanês, o Zaroob, localizado a uns 3 minutos do nosso hotel e passámos o início da tarde na piscina, a fazer tempo para ir ao deserto.
Pelas 16h00 começou a tour. Um sub 4x4 de 7 lugares (incluindo motorista) veio buscar-nos ao hotel e levou-nos para o deserto, numa viagem de aproximadamente 1 hora. Assim que chegámos o condutor saiu da viatura e esvaziou um pouco os pneus para que ganhassem mais aderência à areia e o carro não atolasse. Logo de seguida o som do rádio aumentou e começou um “rally” pelo deserto, com várias subidas, descidas e algumas curvas à mistura. A adrenalina durou cerca de meia hora. Seguimos em direção ao acampamento, onde ficamos um bocadinho por nossa “conta e risco”. Tínhamos à disposição várias atividades, entre as quais henna painting, passeio de camelo (não fizemos), sand surfing, shisha, espetáculos/danças tradicionais e jantar. A ida ao deserto ficou a aproximadamente 25 euros por pessoa.
Nota: O teste PCR pode ser feito em vários locais, inclusive nos shoppings. Em alguns sítios é necessário marcar, noutros basta chegar e fazer. Atenção que em algumas clínicas já não havia vagas, pelo que aconselhamos a não deixar para a “última hora”. Um dos sítios mais em conta é o American Hospital, mas a procura é elevada e nem sempre é fácil agendar marcação. No Dubai é frequente irem realizar testes a casa. Para o conseguir basta ver o site/aplicação “Roof”. Nos hotéis também providenciam esse serviço, apesar dos preços serem ligeiramente mais elevados.
Resumo do Dia 3:
Exposição de carros no Gevora Hotel Deserto do Dubai
Deserto do Dubai
Dia 4:
Iniciamos o dia na La Mer Beach, uma praia pública que é também considerada como uma das mais bonitas do Dubai, com um longo areal de areia branca e águas cristalinas em tons de azul turquesa.
Dali seguimos para o “The Palm Jumeirah”, as famosas ilhas artificiais onde são construídas infraestruturas comerciais e residenciais. Vista de cima, Palm Jumeirah assemelha-se a uma palmeira. É a casa de alguns do mais luxuosos resorts do Dubai, como o famoso Atlantis The Palm. Fizemos apenas um curto passeio para apreciar a zona e de seguida fomos conhecer a Marina do Dubai. Esta zona é bastante moderna, composta por imensos arranha-céus. Também não faltam restaurantes com terraços muito encantadores que oferecem todo o tipo de gastronomia. Naquela zona existe também (claro, só podia ser!) um shopping que reúne mais de 160 lojas. Exploramos toda aquela zona a pé (com algum suor à mistura) e almoçámos por ali.
Já durante a tarde caminhamos pelo JBR, zona conhecida pelo constante desfile de super carros e fomos à Marina Beach, onde se vislumbra a roda gigante. É também ali que está o afamado Flying Cup, uma atração que proporciona vistas em 360º enquanto temos a oportunidade de usufruir de uma refeição.
O dia acabou em grande! Fomos finalmente ver o espetáculo das fontes. As apresentações são gratuitas, acontecem a cada 30 minutos e podem ser vistas de vários pontos. É lindo de se ver, não perca!
Nota: Se puderes acrescentar mais um dia à tua viagem não deixes de visitar a Grande Mesquita do Sheikh Zayed, localizada em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos. Devido às restrições impostas pelo Covid-19 e ao facto de nos ser exigido quarentena, não tivemos mesmo hipótese de fazer essa visita. Fica para uma próxima!
Resumo do Dia 4:
La Mer Beach The Palm Jumeirah Marina do Dubai Espetáculo de fontes
Marina Dubai | La Mer Beach | Espetáculo de fontes
Como é a temperatura no Dubai em agosto? Qual é a melhor altura para ir?
Esta foi uma das perguntas que mais nos fizeram e a resposta é imediata: quenteeee. O Dubai tem o clima desértico e Agosto não é a melhor altura para visitar a cidade pois as temperaturas rondam os 40ºC e a sensação térmica é ainda pior! Portanto, andar a caminhar horas a fio pelas ruas da cidade, como é nosso hábito fazer nos sítios que conhecemos, foi uma opção que não esteve em cima da mesa.
Se és daquelas pessoas que não suporta bem o calor então pondera bem este aspeto e faz a tua viagem numa altura mais adequada. De outubro a abril a temperatura média ronda os 25ºC e esta será a melhor época para visitar o Dubai. Entre maio e setembro as temperaturas oscilam entre os 35ºe os 45ºC.
Se como nós preferes temperaturas mais baixas, mas só podes mesmo viajar nos meses mais quentes e não te importas de suar um bocado, então não penses duas vezes e vai. Claro que o nosso roteiro teve de ser adaptado às horas de maior calor, mas valeu a pena cada minuto. Íamos de novo em agosto sem dúvida!
Nota: Se na rua as temperaturas são muito quentes, nos espaços fechados (shoppings, atrações turísticas, táxis, paragens de autocarro...) o clima é bastante agradável pois o ar condicionado está sempre ligado.
Outras informações e dicas úteis:
O Dubai é um dos sete emirados dos Emirados Árabes Unidos (Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Rãs Al Khaimah, Umm Al Qwain, Ajman e Fujairah), conhecido pelo luxo e ostentação dos seus edifícios
O islão é a religião oficial
A língua oficial é o árabe, mas a língua mais falada é o inglês. A moeda local é o dirham (AED)
O Presidente é Khalifa Bin Zayed Al Nahyan, emir de Abu Dhabi, e o vice-presidente é Muhammad Bin Rashid al-Maktum, emir do Dubai
Os Emirados Árabes Unidos têm uma das maiores reservas de petróleo e um dos mais altos PIB-produto interno bruto per capita do mundo
“A exploração de petróleo atraiu um grande número de estrangeiros para o país, sendo que apenas 12% da população é emirati. Todos os serviços sociais de educação, transporte e saúde são gratuitos para a população. As infraestruturas turísticas são muito boas” lê-se no site Portal das Comunidades Portuguesas
Quando decidimos viajar estamos à espera de viver bons momentos e guardar memórias inesquecíveis e esquecemo-nos que, tal como no nosso dia a dia, há coisas que podem correr menos bem. Na maioria das vezes, inconscientemente, achamos que as coisas más só acontecem aos outros. Por muito aventureiros que sejamos, esse não é o pensamento correto.
Acidentes e doenças podem acontecer a qualquer viajante, independentemente da experiência. Se o problema for grave, o custo do tratamento no exterior pode ser bem caro! A maioria dos países não atende gratuitamente estrangeiros na sua rede de saúde. Será necessário pagar consultas médicas, medicamentos e, em casos mais graves, transporte de ambulância e internamento. Não vale a pena o risco! Para além de tornar a nossa viagem num pesadelo os valores a pagar não vão ser nada simpáticos. Existem inúmeras razões para fazer um seguro antes de viajar. Perdi o passaporte, o que faço?! Fui roubado, o que faço?! O meu voo foi cancelado, o que faço?! A minha mala perdeu-se, o que faço?! Entre outras milhares de situações que podem acontecer. Resumindo, se vale a pena fazer um seguro de viagem?! Sim, vai-te fazer poupar dinheiro e não terás “dores de cabeça” desnecessárias caso algum imprevisto surja durante a viagem
AO FAZERES UM SEGURO ATRAVÉS DO NOSSO LINK DO PARCEIRO USUFRUIS SEMPRE 5% DE DESCONTO.
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