Viagens literárias:

10 livros que te fazem viajar sem sair de casa

A pandemia obrigou a que nos reinventássemos. Agora mais do que nunca vemos a nossa liberdade a ser tirada e as restrições para nos deslocarmos geograficamente a aumentar.

Na impossibilidade de viajar para o “outro lado do mundo” nada melhor que um bom livro para nos fazer puxar pela imaginação e fazer viajar sem sair do lugar. A literatura temo poder de nos transportar para realidades diferentes da nossa. Aqui ficam algumas sugestões de livros que lemos e aconselhamos:

O Lado Selvagem,
de Jon Krakauer

Baseado no caso real de Christopher McCandless, um jovem que, ao terminar a faculdade, mudou de identidade e partiu em busca de uma experiência genuína que transcendesse o materialismo do quotidiano. A aventura mais tarde viria a encher as páginas dos jornais ao terminar com a sua morte no Alasca. Uma morte misteriosa… Acidental ou propositada?

Dentro do Segredo,
de José Luís Peixoto

Em abril de 2012, José Luís Peixoto assistiu às comemorações do centenário do nascimento de Kim Il-sung, em Pyongyang, na Coreia do Norte. Nessa ocasião participou passou por todos os pontos simbólicos do país e do regime, mas também por algumas cidades e lugares que não recebiam visitantes estrangeiros há mais de sessenta anos. A estreia de José Luís Peixoto na literatura de viagens leva-nos através de um olhar inédito e fascinante ao quotidiano da sociedade mais fechada do mundo.

O Caminho Imperfeito,
de José Luís Peixoto

Uma longa viagem a uma Tailândia para lá dos lugares-comuns do turismo, explorando aspetos menos conhecidos da sua cultura, sociedade, história, religiosidade, entre muitos outros. A sinistra descoberta de várias encomendas contendo partes de corpo humano numa estação de correios de Banguecoque fará que, com consequências imprevisíveis, a deambulação se transforme em demanda.

Indochina- Fui Dar Uma Volta,
de Jorge Vassalo

Uma ferramenta essencial para quem planeia viajar no Vietname, Camboja e Laos. Nestas páginas, o leitor tanto será transportado para um comboio preso no meio de um furacão como será testemunha de momentos tensos de um assalto a meio da noite. Mas poderá também anotar receitas, aprender sobre religião e mitologia ou debater a relação dos turistas com as crianças locais ou com os elefantes.

Viagens sem Bola,
de Rui Miguel Tovar

Rui Miguel Tovar é um dos jornalistas portugueses que mais jogos internacionais de futebol viu fora do país. Neste livro, fala de jogos pelos “4 cantos do mundo” mas com uma particularidade: é que ele não escreve sobre futebol — mas de tudo à volta dos jogos, exceto de bola: as cidades, a comida, as pessoas, a história de uma região, o modo como se chega a certa aldeia chinesa ou a uma partida de futebol de praia na Tailândia, como se comportam os fãs de um clube argentino, o ator de Holywood que é fã do San Lorenzo (o clube do Papa), as mulheres que assistem - às escondidas - a um jogo no Qatar, etc. Mostra os ambientes e os cenários, dá a ver um filme inacabado: o de como seria o mundo se ao domingo viajássemos para ver um jogo de futebol amador.

Planisfério Pessoal,
de Gonçalo Cadilhe

Evitar o avião no século XXI? Sim, é possível e foi o que fez Gonçalo Cadilhe nesta volta ao mundo. Em Planisfério Pessoal, o maior viajante português percorre 3 oceanos, 4 continentes, 38 países, muitos milhares de quilómetros, numa jornada por lugares tão distintos quanto longínquos. Este livro inclui os textos completos dessa aventura sendo ao mesmo tempo profundo mas divertido, informado mas despretensioso, crítico mas optimista, confessional mas reservado.

Passagem para o Horizonte,
de Gonçalo Cadilhe

Uma volta ao mundo intensa, surpreendente e variada longe dos lugares comuns do turismo de massa. Seguindo levianamente um itinerário pelos cinco continentes baseado na localização das melhores ondas de surf do planeta, saltando da pobreza extrema da América Latina e da orla do Índico para o excesso de mordomias da Polinésia e da Califórnia, Gonçalo Cadilhe deixa-nos o relato de um périplo variado e original.

Por Aqui e Por Ali,
de Bill Bryson

Bill Bryson decide com o seu amigo Stephen Kaz fazer três mil quilómetros pela floresta durante vários meses, percorrendo a pé o mais longo trilho do mundo. Um esforço enorme para o autor que tem o hábito de estar sentado e um suplício para o amigo, ex-alcoólico, gordo e que adora fast-food. O livro conta casos inacreditáveis de destruição ecológica e descreve os estragos causados pelo turismo, o qual critica impiedosamente - incluindo-se a si e ao companheiro neste rol de destruidores.

É Isto que Eu Faço- Uma vida de amor e guerra,
de Lynsey Addario

É Isto que Eu Faço segue o percurso de Lynsey Addario - da sua primeira câmara oferecida pelo pai aos anos de repórter local, das guerras no Médio Oriente aos campos de refugiados sírios, mas sempre com a fotografia como propósito, e uma ambição única que a define e a incentiva. Enquanto mulher num ofício maioritariamente masculino, estava determinada a ser levada a sério, a enfrentar a dureza da profissão e o convívio com a injustiça e a guerra.

Marco Polo – Viagens,
de Marco Polo

Uma narrativa que leva os leitores numa fascinante viagem ao continente asiático. O relato do primeiro viajante global. «É a coisa mais bela do mundo», escreve Marco Polo, a páginas tantas. E isto referindo-se aos «bois grandes e brancos como a neve» como às árvores carregadas de frutos exóticos, aos tecidos sumptuosos e às roupagens ricamente adornadas de joias, aos artefactos estranhos e aos costumes inusitados. Viagens relata uma jornada incansável por terras da Ásia que se estendeu por um quarto de século.


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