Roteiro passo-a-passo para 3 dias em Atenas

Tens uma lista de desejos? Eu tenho. E visitar a Grécia era um dos pontos que faziam parte dela. Há muito que queria ir a este destino e finalmente surgiu a oportunidade de ir conhecer sítios que antes constavam nos meus livros de história. O João Pedro não estava assim tão empolgado, mas o meu entusiasmo contagiou-o e lá embarcamos os dois em mais uma experiência.

A nossa viagem começou pela capital, Atenas. A cidade domina a região da Ática e é a cidade mais antiga da Europa, com mais de 4000 anos, pelo que é o destino ideal para quem gosta de história e cultura. Se não for o caso, provavelmente não ficarás muito fascinado com aquilo que vais ver...

Estão preparados para dar um passeio connosco? Então vamos lá ao resumo da nossa passagem pela capital da Grécia.

Dia 1

O dia avizinhava-se ser longo, portanto, levantámo-nos cedo e começámos a explorar a cidade aproximadamente pelas 9:00h.

A ideia seria começar pela Acrópole, mas a Agora Ancient ficava mais perto do nosso hotel e foi aí que começou a nossa visita por Atenas. Este era um dos locais mais importantes da antiguidade, sendo considerado o local de nascimento da filosofia e democracia. É lá que está o Templo de Hefesto, o templo grego mais bem preservado do mundo.

A acrópole, o “cartão-postal” de Atenas, foi a nossa segunda paragem. Este complexo arquitetónico abriga algumas das mais famosas edificações do mundo, como o Partenon, Erechtheion e o Odeão de Herodes Ático. A acrópole é surpreendente e vale a pena ir com tempo para poder prestar atenção aos detalhes e, claro, tirar muitas fotografias! (heheh)

Para evitar multidões certifique-se que vai o mais cedo possível. Não se esqueça também de comprar o bilhete que inclui a entrada em vários sítios arqueológicos (Acropolis and slopes; Ancient Agora; Hadrian’s Library; Kerameikos; Aristotle’s School; Olympieion e Roman Agora), pois permite poupar uns trocos. Pagámos 30 euros pelo chamado “bilhete combinado”. Atenção que o Museu da Acrópole, considerado um dos melhores museus do mundo, não está incluído.

A história e a longa caminhada já feita deixou-nos com a barriga a dar horas e fomos procurar um lugar para almoçar. Após sugestão dada por outros viajantes, decidimos ir ao Sfika, um restaurante acolhedor com comida tradicional grega e económica (21 euros para duas pessoas).

A primeira paragem ao início da tarde foi o Kallimarmaro, também conhecido como Panatenaico. Este foi o primeiro estádio que sediou, em 1986, os primeiros jogos olímpicos da era moderna.

Seguimos para o Arco Adriano, um monumento construído em 131 D.C. A cerca de dois minutos está a entrada para o Templo de Zeus (Olympieion). O tempo é, como o nome indica, dedicado ao pai dos deuses. Infelizmente resta pouco dele...

A tarde já ia longa quando fizemos uma breve paragem no Centro de Congressos e Exibições. Estava aberto ao público e pudémos ver algumas exposições.

Dali fomos até à Agora Romana, que não é mais do que a antiga praça pública de Atenas e um lugar que funcionava como mercado central.

Terminámos o dia em Monastikari, uma zona cheia de lojas de souvenirs e movimento. Esta zona “fervilha” dia e noite. Nós passámos lá todos os dias porque gostámos muito do ambiente ou simplesmente porque durante o nosso passeio íamos lá ter sem planear.

Dia 2

Acordámos cedinho e fomos até Gazi, uma área amigável ligada à comunidade LGBT. Esta zona é o lar da Technopolis, a antiga fábrica de gás da cidade e, atualmente, um núcleo da cultura contemporânea.

Fomos caminhando, durante cerca de 20 minutos, ao longo da rua pedonal Ermou até à Igreja de Panaghia Kapnikarea, um dos mais antigos templos ortodoxos da Grécia. Depois de uma rápida visita, fomos conhecer a Biblioteca Adriano. Construída em 132 d.C. sob as ordens do imperador romano Adriano, funcionava não só como biblioteca, mas também como sala de leitura e centro de convenções.

Dali seguimos até à Praça Syntagama, considerada o coração de Atenas. É lá onde a população se reúne em tempos de comemoração, mas também de protesto. É nesta praça que saem os autocarros em direção ao aeroporto bem como para outras regiões de Atenas. Logo ali em frente está o Parlamento. Aqui está a tumba do soldado desconhecido, vigiado pelos “evzoni”, que é como quem diz guardas nacionais. A troca dos guardas ocorre todos os dias, de hora a hora, e os turistas podem assistir gratuitamente ao “espetáculo”.

Bem pertinho da praça Syntagma existem alguns espaços de restauração. Foi lá que comemos um gyros, uma das comidas mais famosas da Grécia.

Com energias repostas fomos até ao ponto mais alto da cidade, o Monte Licabeto, que fica a 277 metros acima do nível do mar. A caminhada foi longa, cerca de 40 minutos, mas foi relativamente fácil porque íamos parando para apreciar as ruas e vielas e ver algumas lojinhas que iam aparecendo pelo caminho. Do Monte Licabeto é possível ter vistas panorâmicas da cidade de Atenas, portanto, foi um esforço que valeu bem a pena!

Enquanto descíamos, a caminho do hotel, parámos na Igreja de St Dionysius the Areopagite, a principal igreja católica romana de Atenas. A sua construção começou em 1923 e ficou completa em 1931. Terminámos o dia a passear por Plaka, o bairro mais antigo de Atenas, e pela praça central de Monastikari.

Dia 3

Este foi o terceiro e último dia da nossa passagem por Atenas. Não visitámos muitos locais porque ao final do dia íamos partir para Santorini e tínhamos que planear e tratar de alguns assuntos...

De qualquer das formas, aqui vai o nosso roteiro: começámos o dia na Academia de Atenas, também conhecida por Academia de Platão. Esta foi uma escola fundada por Platão, por volta de 387 a.C. É um edifício rico em detalhes e logo na entrada estão as estátuas de Platão e Sócrates. Ali ao lado está a Universidade de Atenas e a Biblioteca Nacional. Os edifícios estavam fechados e não conseguimos visitar o interior, o que foi uma desilusão...

Como ainda tínhamos um tempinho até à hora de almoço, seguimos até ao sítio arqueológico do liceu de Aristóteles, descoberto em 1966. Era aqui que o filósofo grego costumava dar as suas aulas. O sítio está bastante degradado, pouco havia para ver e não ficámos surpreendidos.

Com a barriga a dar horas, fomos almoçar ao Kalamaki Bar. Como é costume, seguimos o conselho de outros viajantes e ainda bem que o fizemos! Os pratos foram bem servidos e ficámos satisfeitos com todo o serviço. Pagámos 21.99 € para duas pessoas. Durante a tarde andámos em modo “perdidos” pelas ruas da cidade e comprámos alguns souvenirs.

A tarde terminou no Monumento de Filopapo, localizado numa das colinas mais famosas de Atenas e um local maravilhoso para admirar o pôr do sol.

Quantos dias são necessários para conhecer Atenas?

Consideramos que dois dias é o ideal para conhecer os principais pontos turísticos de Atenas. Três dias dá para aproveitar e desfrutar com mais calma, mas, na nossa opinião, vale a pena só para quem é apaixonado por história e mitologia grega e/ou tem vários dias de férias. Existem visitas turísticas a cidades próximas, como por exemplo Corinto, Micenas e Epidauro que podes acrescentar à tua visita. É o caso de Metéora. Já mais afastada de Atenas, a cerca de 5h de carro, a famosa região com mosteiros no topo de rochas gigantes. Se tiver oportunidade acrescente essa visita ao seu roteiro.

Preferes criar o teu próprio roteiro, mas queres saber quais são os principais pontos da cidade para poder fazê-lo? Nós ajudamos. Aqui podes ver quais são as principais atrações de Atenas e fazer um roteiro à tua medida e adaptado aos teus interesses.